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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ESTUDOS BIBLICOS

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

Iniciaremos com o assunto da Tri-unidade, para que possamos esclarecer a divindade do Espírito Santo, e não somente sua divindade, mas também sua “PESSOA”.

O termo trindade é uma palavra basicamente usada pelos teólogos para designar o Pai o Filho e o Espírito Santo, porem a palavra “trindade” em si pode nos levar a acreditar que são três deuses em substancias divinas diferenciadas e essa idéia não é a idéia imposta pela doutrina no sentido real da palavra, por esse motivo tal temos que temer em usa-lo, afinal o mesmo pode causar de certa forma uma má interpretação ou uma idéia errada do que em si Deus é verdadeiramente, mas poderíamos usar a palavra “tri-unidade” que é um termo mais claro e pode nos levar a uma melhor interpretação, mostra com mais clareza a idéia de três pessoas distintas e uma só substancia divina, um só Deus.

Em certo sentido são três pessoas e em um outro sentido “são um só Deus”.

Sei que parece estranho para muitos compreender esse assunto, mas o estudo não é basicamente para fazer com que ninguém compreenda em um sentido absoluto a essência divina em si, mas para que compreendamos um pouco o assunto “Deus” e principalmente o Espírito Santo.

Não existe uma explicação satisfatória para falarmos sobre Deus, para isso teríamos que ser ou superiores ou nos igualar a Ele, assim para falar de uma maneira completa o que é Deus em si, ou seja, decifrarmos em um sentido absoluto esse assunto.

Uma ilustração que poderíamos mostrar é a seguinte:

“A minha pessoa, num certo sentido são três entidades, “corpo, alma e espírito”, mas não existem três “Eus”, existe um “Eu” somente, mas em certo sentido são três, mas em outro sentido é um só”.

(Comparando de uma maneira simplificada, somente para compreensão, não afirmando que seja essa a composição divina, afinal continuo sendo um só, diferente de Deus que é um só Deus em três pessoas distintas, mostrando assim que a ilustração esta servindo somente para compreendermos melhor o assunto).

Poderíamos citar pequenas passagens claras sobre a questão de que o Espírito Santo verdadeiramente é uma pessoa, esclarecendo o assunto de que o Espírito Santo seria somente uma força ativa, ou uma nuvem, ou qualquer outra coisa do gênero.

Um exemplo em Apocalipse quando João diz: “O Espírito Santo diz as igrejas”, sendo assim o mesmo poderia ser somente uma força?

De modo algum, afinal uma força diz (se expressa)?

Outro exemplo está em Romanos 8: 26, 27 (Espírito intercede com gemidos), ou seja, ele se mostra um intercessor, com emoções, “gemidos” que não são traduzidas por palavras, ou seja, somente um ser “pessoa” poderia agir dessa maneira, interceder, seria estar entre duas pessoas, uma defendendo a outra, como exemplo de um advogado que intercede por nós entre duas pessoas, “Juiz e o réu”, assim se mostra a ação da pessoa do Espírito Santo, que está entre Deus e os homens, intenção, ou seja, tem um propósito, e sendo Ele somente uma força poderia ter um propósito?

Em Romanos 8: 27 a bíblia nos mostra que o Espírito Santo “age” em conformidade com Deus, e é Ele que segundo Deus intercede pelos santos.

Vejamos sobre o Espírito Santo, Ele é o intercessor, e é chamado o Espírito, e Ele tem emoções (geme) e tem intenções, isso mostra que Ele não pode ser somente um principio ativo ou uma força.

Agora em relação à blasfêmia contra o Espírito Santo, essa é uma relação imperdoável, como vemos que ainda que alguém blasfeme contra a pessoa de Cristo esse é perdoado, já aquele que blasfemar contra o Espírito Santo (sendo uma força) não será perdoado.

Agora temos que compreender que a blasfêmia contra Cristo é co-relacionada a uma pessoa que era desconhecida a muitos, sendo assim muitos não tinham consciência de que Jesus Cristo verdadeiramente era Deus e o Messias, agora blasfemar contra o Espírito Santo é blasfemar contra Deus estando consciente de que está caminhando contra Deus no sentido espiritual e não carnal.

Sempre que o Espírito Santo se mostra, ele esta agindo, como em João 16: 7, 15, baseando-nos nessas passagens de João fica bem claro que o Espírito Santo tem atributos de uma pessoa. Nesses versículos o livro de João nos mostra uma base para fortalecer a idéia de que o Espírito Santo verdadeiramente é uma pessoa, sendo Ele uma pessoa e uma só substancia divina, trabalhando sempre em concordância e total acordo com o Pai.

Agora, para compreendermos melhor isso tudo, poderíamos citar o que muitos tem como base para defender que o Espírito Santo não é uma pessoa (Velho Testamento, o termo hebraico Ruach HaKodesh é usado muitas vezes e ele é traduzido literalmente como Espírito Santo), dizem sobre o Espírito Santo ser o “Vento Santo”, mas o que não podemos dizer que se o Espírito Santo sopra como vento, significa que seja o vento em si, da nossa atmosfera, não podemos confundir por não compreendermos que o termo “pessoa” se aplica somente ao que estamos acostumados a enxergar, por isso é colocado como “vento”, porque não pode ser visto como de costume vemos outras coisas.

Em João 16:7, 15, podemos ver claramente os atributos do Espírito Santo que comprovam que Ele verdadeiramente é uma pessoa:

1. Consolador (quando eu for (Cristo dizendo) vo-lo enviarei).

2. Convencerá o mundo (pecado, justiça e juízo)

3. Guia

4. Dirá tudo (anunciará)

E muitos outros atributos.

E no contexto integral da bíblia podemos encontrar vários atributos que confirmam que o Espírito Santo verdadeiramente é uma pessoa (citando essa passagem somente para compreendermos claramente tal assunto).

E poderíamos colocar ainda os dons do Espírito, e o fruto do Espírito, mas o intuito é somente compreender um pouco sobre tal assunto.

Por esse motivo que temos que ser cautelosos em relação a esse tema, afinal o mesmo é de tamanha importância, afinal os que não crêem que verdadeiramente o Espírito Santo é Deus e é uma pessoa, rejeitam a verdade e ao mesmo tempo seguem o pecado que não tem perdão, que é o de “blasfêmia contra o Espírito Santo”.
Autor: Oswaldo Gati dos Santos

CAP 1 - SOBERANIA DE DEUS

DEUS É SOBERANO

Sermão 1

Deus é Soberano

Data: 19/08/2001

Texto: 1 Crônicas 29:11,12

"Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos. E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo."

INTRODUÇÃO

1. Duas Verdades Bíblicas

1.1. Deus é Soberano

1.2. O homem é responsável!

2. Perigo: salientar uma doutrina e desprezar a outra.

2.1. Fatalismo: Ressaltar demasiadamente a Soberania.

2.2. Humanismo: Ressaltar demasiadamente a Responsabilidade.

2.3. Exemplo: O mais lindo rosto ficaria desfigurado se apenas um membro começasse a crescer, e os demais não se desenvolvessem.

3. Duas facetas da verdade

3.1. Jesus era “servo” (Fp.2:6), e “Cristo o Senhor” (Lc.2:11).

3.2. Levar as cargas dos outros (Gl.6:2), e a própria carga (Gl.6:6).

3.3. Não se inquietar (Mt.6:34), mas ter cuidado com os seus (1Tm.5:8).

3.4. Promessa de não perecer (Jo.10:28,29), mas confirmar a eleição (2Pe.1:10).

3.5. Fazer prova de Deus (Ml.3:10) e não prová-lo (1Co.10:9).

3.6. Deus é Luz [santidade/justiça] (1Jo.1:5) mas também é amor (1Jo.4:8).

3.7. A bondade de Deus e a sua severidade (Rm.11:22).

3.8. Está escrito que Jesus tomou nossas enfermidades (Is.53:4), mas também está escrito que os crentes tinham enfermidades (Fp.1:25-27). O sábado é dia do Senhor, mas também que não há dia específico para adoração a Deus (Jo.4:23; Gl.4:10,11; Cl.2:16). Em Cristo não há mais homem nem mulher (Gl.3:28), mas também está escrito que o homossexualismo é pecado (Rm.1:24-27). A teologia bíblica é importante, mas deve harmonizar-se com toda a Escritura (teologia sistemática).

4. Por que esta doutrina?

4.1. É um dever: “...porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus”. (At.20:27).

4.2. É uma necessidade: pregar o que as ovelhas necessitam, e não o que elas gostam de ouvir.

4.3. Enfermidades graves precisam de remédios fortes: “...mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará proezas”. (Dn.11:32).

I. DEUS REINA NOS CÉUS

1. Todos concordam que Deus reina nos céus.

2. Ele reina: “...o bem-aventurado, e único poderoso SENHOR, Rei dos reis e Senhor dos senhores; Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém”. (1Tm.6:15,16).

II. DEUS REINA NA TERRA

1. Muitos discordam que Deus reina na terra.

2. Tudo é regido pelas leis da natureza.

3. O homem determina sua própria sorte com seu “livre-arbítrio”.

4. Mas negam sua responsabilidade, atribuindo ao Diabo o mal que procede em seu próprio coração (Mc.7:21-23).

5. Parece que é o Diabo quem reina: “Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas”. (Lc.21:26).

6. Muitos incrédulos declaram que o cristianismo é um fracasso!

7. Consideram que Deus está decepcionado pelo que acontece no mundo. Dizem que Ele nada pode fazer.

8. Jesus tem todo o poder: “É-me dado todo o poder no céu e na terra...” (Mt.28:18)

III. DEVEMOS CRER PELA FÉ

1. O que acontece na terra demonstra que Deus está no controle (Is.46:9-11).

2. Deus é justo e seus juízos caem sobre os rebeldes (Is.24:3-6).

3. Deus é fiel e cumpre suas ameaças (Is.45:8-18).

4. Deus é onipotente, ninguém pode resistí-lo (Jó 9:12; Jó 42:1; Is.45:22-24).

5. A fé vê o invisível (Hb.11:27).

6. Se olharmos para a evidência dos nossos próprios olhos, acreditaremos que o Diabo reina na terra. Mas tudo coopera para o bem do crente (Rm.8:28).

7. Devemos admitir que há muita coisa na providência divina que nos assusta e abala. Por exemplo, a ordem para matar crianças (Js.6:21; 1Sm.15:3), o caso de Uzá que se preocupou com a queda da arca (1Cr.13:10), a morte prematura dos justos, como o rei Josias (2Rs.23:29; Jó 21:30; Jó 22:16; Is.57:1). Mas não devemos dizer com o descrente: “Se eu fosse Deus, não permitiria tal coisa”. Muito melhor, ante os mistérios que nos deixam perplexos é dizer: “Emudeci; não abro a minha boca, porquanto tu o fizeste”. (Sl.39:9).

8. Por que as coisas são assim? Para testar e provar nossa fé, e promover nossa submissão à vontade de Deus: “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!” (Rm.11:33).

IV. A SOBERANIA DE DEUS DEFINIDA NA BÍBLIA

1. Deus é Supremo, Deus é Deus! Ele é o Altíssimo: “...todos os moradores da terra são por Ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, Ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Dn.4:35).

2. Deus é Onipotente, possuidor de todo o poder nos céus e na terra (Mt.28:18): É dizer que “...no céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.” (Sl.115:3).

3. Deus governa as nações: “Porque o reino é do SENHOR, e ele domina entre as nações”. (Sl.22:28).

4. Deus é o Único Soberano: “...único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores...” (1Tm.6:15).

5. Deus é Soberano nas ações humanas: porque “...até a ira humana há de louvar-te; e do resíduo das iras te cinges.” (Sl.76:10).

6. Deus controla tudo: “Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos. E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo”. (1ª Crônicas 29:11,12).

7. Deus é o Soberano Senhor: do grego “déspota” (#1203, Strongs), que significa “Senhor Absoluto, ou Aquele que tem poder e domínio absoluto”. “...Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (Ap.6:10). Soberano Senhor na ARA (2Pe.2:1).

8. Deus é Soberano universal e absolutamente: (1Cr.29:10-12; 2Cr.20:6; Sl.22:28; Sl.47:2,3,7-9; Sl.50:10-12; Sl.72:8-11; Sl.93; Sl.95:3-5; Sl.103:19; Sl.145:11-13). Ninguém pode impedir o que Deus resolve fazer (Jó 23:13; Jó 42:2; Sl.115:3; Pv.21:30).

9. Deus é Soberano como o Oleiro sobre o Vaso: O direito de Deus é o direito do oleiro sobre o barro: moldá-lo a qualquer forma que deseje, produzindo, do mesmo pedaço de barro, um vaso para honra e outro para desonra. Afirmamos que Deus não está sujeito a nenhuma regra ou lei fora da sua própria vontade e natureza e que Deus é sua própria lei, não tendo qualquer obrigação de prestar contas dos seus propósitos a quem quer que seja. (Mt.20:15; Mt.25:15).

V. A SOBERANIA DE DEUS E O MAL

1. Deus é o responsável pela existência do mal.

2. Ele não é o autor do pecado.

3. Deus cria o mal (Is.45:7), mas Ele não é o fazedor do mal.

4. O mal sempre existiu, na mente eterna e onisciente de Deus.

5. No zoroatrianismo (Zend-Avesta), o bom deus Ormuz criou as coisas boas, o mau Arimã criou todas as coisas más.

6. Quando Deus diz, “Eu crio o mal”, Ele assume toda a responsabilidade pelo mal em meio à sua criação.

7. Não basta dizer, como Calvino, que este mal se refere aos males dos juízos e punições que Deus envia aos homens.

8. Há duas palavras para o verbo criar: criar e fundar. O primeiro significa criar do nada, trazer à existência. Refere-se ao ato criativo de Deus (Rm.4:17; Hb.11:3; 2Pe.3:5). O verbo fundar refere-se ao ato formativo (Sl.89:11; Sl.102:25; Sl.104:5; Sl.119:90).

9. A palavra hebraica empregada em Isaías 45:7, onde diz que “Deus cria o mal” é "bara" (#01254, Strongs) e se refere ao ato criativo de Deus. É a mesma palavra usada em Gênesis 1:1 e 27. Também encontrada em diversas passagens: (Gn.2:3; Gn.5:2; Gn.6:7; Dt.4:32; Sl.89:12(13); Sl.89:47(48); Sl.104:30; Sl.102:18(19); Sl.148:5; Is.4:5; Is.40:26; Is.41:20; Is.45:8; Is.45:12; Is.48:7; Ml.2:10).

10. Deus criou a luz e a paz (Is.45:7), mas não havia necessidade que Deus criasse a luz ou a paz, pois “Deus é luz” (1Jo.1:5), e o “fruto do Espírito é... paz” (Gl.5:22). Portanto, assim como Ele criou a luz e a paz, criou também o mal: “Eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.” (Is.45:7).

11. Contudo, dizendo assim,devemos acrescentar que em nenhum sentido isto implica em que Deus é o autor do mal.

12. O ato criativo e o ato formativo de Deus são declarados nas Escrituras: “Louvem o nome do SENHOR, pois mandou ele, e foram criados. E os estabeleceu (fundou) para todo o sempre; fixou-lhes uma ordem que não passará”. (Sl.148:5,6). “Porque assim diz o SENHOR, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o SENHOR, e não há outro”. (Is.45:18).

13. Quem criou o Diabo? A Bíblia responde: “Eis que eu criei o ferreiro, que assopra as brasas no fogo e que produz a arma para o seu devido fim; também criei o assolador, para destruir”. (Is.54:16). “Pelo seu Espírito ornou os céus; a sua mão formou a serpente enroscadiça”. (Jó 26:13). Seu poder o criou e seu poder o destruirá: “Naquele dia, o SENHOR castigará com a sua dura espada, grande e forte, o dragão, serpente veloz, e o dragão, serpente sinuosa, e matará o monstro que está no mar.” (Is.27:1).

VI. DEUS É SOBERANO NO USO DO SEU PODER

1. Seu poder é exercido conforme Ele quer, quando Ele quer e onde Ele quer.

1.1. Seu poder foi usado contra Faraó (Ex.14:13,14; Ex.14:30,31).

1.2. Contra os amalequitas (Ex.17:14-16).

1.3. Contra Jericó (Js.6:2,16).

1.4. Contra o gigante Golias (1Sm.17:46,47).

1.5. Deus livrou Daniel da boca do leão (Dn.6:22).

1.6. Deus livrou seus servos da fornalha de fogo ardente (Dn.3:26).

2. Nem todos foram libertos da aflição (Hb.11:36,37)

1.1. Pedro foi liberto da prisão (At.5:18,19), mas Estevão foi apedrejado (At.7:59,60).

1.2. Somente a Metusalém Deus capacitou a viver 979 anos (Gn.5:25,26).

1.3. Somente a Sansão Deus deu força física (Jz.14:6; Dt.8:18).

VII. DEUS É SOBERANO NO USO DE SUA MISERICÓRDIA

1. A misericórdia não é um direito ao qual o homem faz juz. Misericórdia é o atributo de Deus, pelo qual Ele tem dó e compaixão dos miseráveis e os alivia. Mas, sob a justiça de Deus, ninguém é miserável que não mereça estar nessa situação. O objeto da misericórdia, portanto, são os miseráveis, e a miséria é o resultado do pecado. Então os miseráveis merecem o castigo, não a misericórdia. Falar sobre misericórdia merecida é uma contradição!

2. Jesus exerceu misericórdia para o paralítico apenas (Jo.5:1-9). Ele não pediu a Jesus para ser curado. Jesus não curou a todos.

VIII. DEUS É SOBERANO NO USO DE SUA GRAÇA

1. Deus revelou sua graça para o desonesto Jacó (Rm.9:11-13). E Esaú?

2. Deus revelou sua verdade aos humildes (Mt.11:25). Por que não aos sábios?

3. Deus revelou seu plano aos pastores (Lc.2:8-15). Por que não ao Sinédrio?

O esboço deste sermão foi por mim elaborado e pregado na Igreja Batista da Esperança, em Cruzeiro, interior de São Paulo. Foram 12 sermões preparados e pregados, tendo como base o livro Deus é Soberano, de A. W. Pink da Editora Fiel. Apenas os títulos de cada sermão seguem à risca os títulos apresentados no livro, entretanto alguns sermões podem conter mais de um capítulo do livro. As proposições e as divisões do sermão foram acrescentadas por minha conta. O conteúdo das argumentações foram extraídas do livro de Pink, com acréscimos de argumentos teológicos de minha própria autoria, assim como muitas outras referências bíblicas, a fim de melhor adaptar o conteúdo do livro à forma de sermão.

CAP 5 - O CHAMADO DE DEUS PARA O MINISTÉRIO

O CHAMADO DE DEUS AO MINISTÉRIO

Laurence A. Justice

Mateus 9:38

O mais elevado de todos os chamados é o chamado de pregar o evangelho de Jesus Cristo.

Hoje o ministério do evangelho foi rebaixado ao nível de uma profissão igual às outras ocupações comuns.

Quem quer que tenha pago o anúncio, penso que foi a Convenção Batista Americana, viu o ministério como apenas outra profissão entre muitas.

Quando eu estava na universidade, a revista Time publicou um anúncio pago numa de suas edições que buscava recrutas para o ministério. A manchete desse anúncio dizia: “Considere o Ministério”.

As igrejas de Cristo sempre sustentaram que ninguém que não tenha sido claramente chamado por Deus deve pregar o evangelho.

Os conselhos batistas de ordenação sempre pedem ao candidato que relate seu chamado antes de procederem para o aspecto doutrinário do exame.

Nesta mensagem vamos considerar o chamado de Deus ao ministério e também tentarei dar, a partir das Escrituras, respostas para três perguntas acerca desse chamado:



DEUS CHAMA OS HOMENS PARA PREGAR?

Nenhum homem pode se nomear para ser o embaixador de sua nação para outra nação e nenhum grupo pode nomeá-lo para fazer isso. Opresidente deve nomeá-lo!

Da mesma forma e ainda mais, o pregador do evangelho deve ser enviado por Deus para fazer isso! Examine 2 Coríntios 5:20, onde os pregadores de Cristo são comparados a embaixadores.

Paulo está falando de pregadores quando diz aqui: “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus”.

A palavra de Deus claramente ensina que Deus chama os homens ao ministério. Cinco passagens do Novo Testamento lidam diretamente com a necessidade de um chamado de Deus para pregar:

  1. O texto que estamos lendo em Mateus 9:38 diz que o Senhor da colheita deve enviar trabalhadores.

Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara”.

  1. Atos 13:2 diz como o Espírito Santo chamou Paulo e Barnabé para serem pregadores/missionários.

E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado”.

  1. Atos 20:28 diz que o Espírito Santo torna os homens bispos das igrejas.

Aqui Paulo está falando aos pastores ou anciões da igreja em Éfeso quando diz:

Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue”.

  1. Romanos 10:14-15 diz que ninguém pode crer num Cristo do qual não ouviu falar e ninguém ouvirá sem um pregador e ninguém poderá pregar sem ser enviado ou chamado.

Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?…”

  1. Efésios 4:11-12 diz que Cristo dá pastores para suas igrejas e a ênfase no grego está na palavra Ele no versículo 11.

E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”.

Deus é Aquele que chama os homens ao ministério do evangelho! Outras passagens ensinam isso também!

Atos 26:15-16 nos diz que o Senhor Jesus disse que é Ele que fez de Paulo um ministro. Paulo está aqui falando.

E disse eu: Quem és, Senhor? E ele respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Mas levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda”.

Em 1 Timóteo 1:12 Paulo disse que foi Cristo que o colocou no ministério.

E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus, Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério”.

Aquele que chama os homens ao ministério, Aquele que os envia a pregar o evangelho, é Deus!

Em Jeremias 1:5 Deus disse a Jeremias: “Antes que Eu te formasse no ventre, Eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta”.

Amós 7:15 diz do chamado de Amós para pregar. “Mas o SENHOR me tirou de após o gado e o SENHOR me disse: Vai e profetiza ao meu povo Israel”.

Há outros que tentam chamar as pessoas ao ministério. Um velho pregador de Nova Orleans certa vez disse que há cinco categorias de pregadores neste mundo:

  1. o pregador que chamou a si mesmo, que entra no ministério porque ele acha que o ministério é onde ele poderá fazer o maior bem neste mundo. Para ele o ministério é uma profissão.

  2. Há o pregador que foi chamado pelos parents, o qual entra no ministério porque seus parentes esperam que ele entre.

Ou sua avó pode ter lhe contado em seu leito de morte que ela orou durante anos para que ele pregasse.

Assim, ele entra no ministério, a fim de não desapontar sua avó ou as expectações de seu pai.

  1. Há o pregador chamado pelo pastor. Esse é um jovem que pode ser zeloso em sua religiosidade e assim o pastor lhe sugere que ele deve pregar.

Esse jovem raciocina que já que seu pastor acha que ele deve pregar, então talvez ele tenha chamado para pregar.

O ministério de tal pregador acaba sendo uma ambição excessiva em busca de uma igreja maior, um salário maior e uma posição influente na denominação.

  1. Há também o pregador chamado por Satanás. Sim, Satanás tem seus ministros. Veja 2 Coríntios 11:13-15.

Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanásse transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministrosse transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras”.

Os pregadores chamados por Satanás geralmente baseiam seu chamado em algum sonho ou visão ou voz audível que eles ouviram e seu chamado lhes é tão real quanto possível!

  1. Finalmente, há o pregador chamado por Deus e é nele que estamos pensando nesta mensagem.

Aqueles que se intrometem no ministério sem um chamado de Deus são culpados do pecado da presunção, como foram Coré, Datã, Abirão e Uzias, que ousaram entrar no ofício sacerdotal no Israel do Antigo Testamento.

É presunção entrar apressadamente no ministério sem ser chamado por Deus! Fazer isso é pisar solo sagrado com pés não lavados.

Um pastor que não é verdadeiramente chamado por Deus provocará muitos problemas em sua própria vida e em sua igreja.

Quando sofrer ataques das forças de Satanás, esse homem experimentará temores irracionais que produzirão incerteza e confusão para ele.

Isso será prejudicial à sua mensagem porque sua trombeta dará um som indistinto e seus seguidores ficarão confusos.

Aquele que prega sem ter sido chamado por Deus logo será forçado pela honestidade a questionar seu próprio trabalho e não demorará muito para que seu povo comece a questionar o trabalho dele.

Um pregador que tem dúvidas quanto ao seu chamado não conseguirá deixar de criar dúvidas na mente de seus ouvintes.

Um pregador que se sente inseguro acerca de seu chamado começará a questionar se há mesmo uma coisa tal como um chamado na vida dos outros.

Ministros sem chamado também sempre terão dúvidas persistentes de que talvez eles tenham realmente perdido algo na vida que outras pessoas estejam gozando.

No fim os pregadores sem chamado farão com que o ministério seja alvo de zombaria. A segunda pergunta que procuro responder nesta mensagem é



QUAL É O CHAMADO PARA PREGAR?

Há pelo menos quatro coisas envolvidas no que é o chamado para pregar.

  1. Conforme já vimos, é um chamado de Deus.

  2. É um chamado para pregar. É um chamado divino para pregar as riquezas insondáveis de Cristo.

O chamado para pregar é um chamado para se entregar totalmente à proclamação do evangelho de Jesus Cristo.

Certa vez pastoreei uma igreja em que havia um homem de cerca de setenta e cinco anos que se orgulhava do fato de que ele havia sido chamado para pregar quando ele era jovem.

A coisa estranha acerca desse homem é que ele nunca havia pregado.

Pode-se dizer com certeza que esse homem nunca foi chamado para pregar porque ele nunca pregou! O chamado de Deus para pregar é um chamado para pregar!

Pelo jeito, esse homem era um problema constante para seu pastor durante vários anos. Ele sempre sabia como conduzir a igreja e como pregar melhor do que seu pastor!

  1. O chamado de Deus para pregar vem com promessas e encorajamentos de Deus.

Nas Escrituras, quando chamava seus pregadores Deus sempre os incentivava lhes fazendo certas promessas.

  1. Em Isaías 54:17 Deus prometeu a Isaías: “Toda ferramenta preparada contra ti não prosperará; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR e a sua justiça que vem de mim, diz o SENHOR”.

  2. Em Jeremias 1:18-19 Deus prometeu a Jeremias: “Porque eis que te ponho hoje por cidade forte, e por coluna de ferro, e por muros de bronze, contra toda a terra, e contra os reis de Judá, e contra os seus príncipes, e contra os seus sacerdotes, e contra o povo da terra. E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar”.

Como é que alguém pode pregar sem ter a promessa de que mediante sua pregação Cristo falará Sua própria palavra que eficazmente atrairá os pecadores para Si?

Mas aqueles que preguem sem terem sido enviados ao ministério não têm nenhuma promessa de bênção de Deus. Eles saem da proteção de Deus!

  1. O chamado de Deus para pregar é um chamado irrevogável.Deus não revoga Seu chamado de pregar.

Romanos 11:29 diz: “Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento” significando que Deus não muda de idéia.

Deus não quis revogar Seu chamado para Jonas, embora Jonas não quisesse ir e até tentou fugir!

Deus não procurou outra pessoa quando Jonas resistiu ao Seu chamado. Ele enviou um peixe para engolir Jonas e fazer com que ele ficasse disposto a ir.

Minha pergunta final nesta mensagem é



COMO DEUS CHAMA OS HOMENS PARA PREGAR?

É comum ouvir os homens dizerem que eles se sentem chamados para pregar, sugerindo de maneira bem forte que o chamado para pregar é um sentimento interior que eles têm.

Outros dizem que Deus falou com eles e os chamou para pregar.

Como é que Deus chama os homens para pregar? Como será que um homem pode saber que Deus o está chamando para pregar, que Deus o está enviando aos Seus campos de colheita?

Há muitas coisas envolvidas no chamado que Deus dá para um homem pregar. Vamos examiná-las aqui.

  1. Deus chama um homem para pregar em e mediante Sua Palavra escrita.

Já que Deus não mais fala audivelmente do céu nem dá visões, como será então que alguém pode saber que Deus está o chamando para pregar?

Deus fala hoje mediante Sua Palavra. O chamado ao ministério se encontra, prioritariamente, na Palavra escrita de Deus. Esse é o meio pelo qual Deus fala hoje.

O homem que Deus chama investiga a Palavra de Deus e vê que os pecadores estão em rebelião contra Deus e morrendo e indo para o inferno e que eles não podem crer e ser salvos sem ouvirem o Evangelho e eles não podem ouvir o Evangelho sem um pregador.

Ele vê no texto que estamos lendo que os campos estão brancos para a colheita e a grande necessidade de trabalhadores para a colheita.

Na Palavra escrita Deus lhe mostra a grande necessidade de pregadores do Evangelho.

Por isso, nesse sentido o chamado ao ministério é um chamado Bíblico. Como é que Deus chama os homens para pregar?

  1. Em segundo lugar, Deus dá a um homem uma forte convicção de que ele deve pregar o Evangelho.

O Espírito Santo tem influência especial no chamado pessoal de um homem. Ele dá uma convicção na consciência de que ele deve pregar.

O Espírito Santo aplica a Palavra escrita à consciência de um homem e persuade a consciência desse homem de que ele deve pregar.

1 Coríntios 9:16 nos diz acerca da convicção de consciência de que ele deve pregar.

Porque, se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o Evangelho!”

Há envolvimento dos sentimentos, mas o chamado é acima de tudo uma convicção dada por Deus de que devemos pregar o Evangelho.

Se, após um exame de si mesmo a consciência de um homem não lhe diz com grande convicção que Deus o está chamando para pregar, então ele não foi chamado.

  1. Em terceiro lugar, Deus dá alguns interesses especiais ao homem que Ele chama para pregar.

Ele dá a esse homem um interesse forte e contínuo nas coisas espirituais. É claro que isso é o maior interesse desse homem!

O pregador de Deus tem grande interesse na teologia, por exemplo. O estudo de Deus e das coisas de Deus.

Um pregador que não sente interesse na teologia é como um médico que não tem interesse na medicina!

Dois anos atrás participei de uma conferência em que um dos pregadores realmente ridicularizou os pregadores que têm interesse na teologia! Algo está claramente errado com os pensamentos desse homem!

É uma grande tentação do homem que crê que ele foi chamado para pregar saltar para o púlpito antes que ele tenha conhecimento e entendimento adequado para fazer isso.

Conhecer a Palavra de Deus é muito mais importante do que conhecer a história geral da Bíblia. Inclui ter uma compreensão clara da teologia da Bíblia de um modo sistemático!

  1. Em quarto lugar, quando Deus chama um homem para pregar Ele dá a esse homem um grande e ardente desejo de pregar a Palavra de Deus.

Isso é uma coisa pessoal, interior e subjetiva! Ele dá a esse homem um desejo forte de ver almas salvas e Deus glorificado.

Paulo diz em 1 Timóteo 3:1: “Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja”.

De novo em 1 Coríntios 9:16 vemos que Paulo tinha esse grande e ardente desejo quando disse: “… pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!”

Quando Jeremias experimentou grande oposição a seu ministério ele decidiu parar de pregar. Veja Jeremias 20:8-9.

Porque, desde que falo, grito e clamo: Violência e destruição! Porque se tornou a palavra do SENHOR um opróbrio para mim e um ludíbrio todo o dia. Então, disse eu: Não me lembrarei dele e não falarei mais no seu nome…”.

Mas então, continuando, ele disse na última parte do versículo 9 que ele não podia parar porque a Palavra de Deus era para ele como um fogo em seus ossos.

Mas isso [a Palavra do Senhor] foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso”.

Meu pai às vezes dizia aos jovens pregadores: Se você puder desistir do ministério, você deve desistir, pois se você pode desistir é porque você não tem aquele desejo grande e ardente que Deus dá a seus pregadores!

  1. Quando Deus chama um homem para pregar ele lhe dá uma motivação especial para pregar.

O único motivo do homem que verdadeiramente foi chamado para pregar é que Deus será glorificado em seu ministério.

Sua motivação não é popularidade nem dinheiro nem posição, mas a glória de seu Mestre!

  1. Quando Deus chama um homem para pregar Ele dota esse homem com dons necessários para fazer a obra.

Falar em público é a função mais proeminente do pregador.

É claro, se a providência de Deus não supriu ou tirou a voz de um homem de modo que ele não possa pregar, então a vontade de Deus é clara. Como é que esse homem poderá achar que foi chamado para pregar?

Se um homem não tem nenhuma capacidade de liderança, como é que ele poderá esperar que ele seja o pastor que conduz o rebanho de Deus? Deus dá a Seus pregadores os dons que eles precisam para fazer Sua obra!

  1. Deus chama para pregar os homens que preenchem certas qualificações bíblicas.

Só porque um homem é religioso ou até mesmo bastante religioso não é sinal de que ele foi chamado por Deus para pregar nem de que ele estáqualificado para pregar.

As vinte qualificações bíblicas para o ministério são enumeradas em 1 Timóteo 3:1-7 e Tito 1:6-9 e creio que é importante que as leiamos aqui.

1 Timóteo 3:1-7. “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém, também, que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta e no laço do diabo”.

Tito 1:6-9: “Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes”.

85% dessas qualificações para pregador têm a ver com caráter, enquanto só 15% têm a ver com capacidade. Assim o caráter é extremamente importante para um pregador.

Um pregador deve ter uma grande força de caráter. Ele não pode ser fraco nem indeciso quando chegarem os conflitos, e eles virão!O homem que pensa que pode ter sido chamado para pregar deve com honestidade comparar-se com as qualificações bíblicas para pregadores e ele não deve se considerar chamado se não preencher essas qualificações!

  1. Quando Deus chama um homem para pregar Ele faz com que a igreja reconheça o chamado desse homem.

O chamado ao ministério envolve duas coisas essenciais:

  1. um chamado pessoal e

  2. o reconhecimento desse chamado por parte da igreja

Efésios 4:11-12 diz que o Senhor dá pastores à igreja de modo que o ministério do evangelho não seja exclusivamente uma questão de decisão individual. Deverá também ser ratificado pela igreja.

Como Deus revela a um homem que ele o está chamando para pregar? Ele persuade sua consciência e mente e a consciência e a mente dos membros de sua igreja!

O Espírito Santo conduz tanto o candidato quanto sua igreja a reconhecer seu chamado. A igreja da qual tal homem é membro deve estar de acordo com seu chamado.

A igreja reconhece o chamado de um homem observando sua vida e comparando-a com as qualificações bíblicas.

Mesmo que um homem deseje entrar no ministério, se a igreja não reconhece seu chamado então ele não foi chamado!

Uma razão importante para isso é o fato de que outras pessoas podem ser mais objetivas acerca de tal chamado do que os indivíduos. Só a igreja local pode realmente dizer se um homem é verdadeiramente apto para ensinar!

  1. Quando Deus chama um homem para pregar a providência de Deus supre oportunidades para ele pregar.

Conheço um homem na Oklahoma City que diz que Deus o chamou para pregar, mas durante anos ele procurou, sem sucesso, um lugar para pregar.

Preste atenção! Deus chama os homens para trabalhar e quando chama um homem Ele proverá para ele um lugar para pregar e se Ele não prover a esse homem um lugar, há uma dúvida existente quanto ao fato de que Deus verdadeiramente o chamou!



CONCLUSÃO

Em conclusão, nenhum homem deve entrar para o ministério, a menos que Deus o chame e envie.

Durante anos recentes, ficou evidente que Deus não está chamando muitos homens para pregar. Por que isso?

Pode ser o julgamento de Deus sobre nossa nação ímpia e sobre nossas igrejas complacentes.

Em nossa complacência moderna, gorda e preguiçosa, não vivemos como se a pregação do Evangelho fosse realmente importante!

Deus chamará nossos filhos para pregar se não lhes mostrarmos que a pregação do Evangelho é a coisa mais importante em todo o mundo?

Se não buscarmos em primeiro lugar o reino de Deus, por que devemos esperar que nossos filhos o façam?

Deus chamará nossos filhos para pregar se eles não estiverem conosco em todos os cultos?

Nossas igrejas precisam de reavivamento em que o povo de Deus de novo buscará em primeiro lugar o reino de Deus e Sua justiça.

Nossas igrejas também precisam “Rogar, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a Sua seara”.


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